Aranha-Céu
Aranha ao céu, tão alta quanto
os colossos ali erigidos,
morros de concreto em suspeição
mas a aranha é o desafio,
Ninguém sabe
com quantos passos,
Ninguém sabe
quantos dias levou.
Uma hora a aranha chegou,
mas de ninguém teve carona,
O que é significativo
acima dos olhos da cidade,
O que é importuno para prudência
dos homens?
A aranha faz seu trabalho,
de morosas entranhas
enquanto abaixo os cidadãos
se asfixiam na pressa diminuta sem razão.
Ah! Aranha ondula em teia arriscada,
que nem meu dedo mais inútil repousaria.
Nele possuo a técnica, e você sem medo
constrói a vida,
Entre as antenas e satélites
se comunica, entre um abismo
e outro precipício, quase levita
Labirinto sem fim
a necessidade e o impossível
destinado aos homens,
faz com eles o interview
Te procuro ressabiado,
mas nada encontro.
Acabou-se a odisséia,
mais uma vez o homem interviu,