Metamorfose leviana
Como se fosse nada, nenhum e ninguém
Nos centros das grandes cidades vagueiam milhares de alguém:
Sem nome
Sem endereço
Sem (...)
Donos de nada
De nenhum bem
Vindos de ninguém
De onde vêem?
Ádvenas das emoções...
de todas as idades
Etnias e religiões
Gente de cor e raça.
Vagando e divagando
Dia e noite ocupando
Os bancos das praças
- esquecidos, abandonados.
Discriminados pela circunstancia
E ignorados pela evidencia.
É evidente que é gente
E que a circunstancia
Não é mera utopia!
Casulos de uma metamorfose leviana
Cidadãos que se tornaram mendigos
Donos de nada
De nenhum bem
Vindos de ninguém.
Será?