CHORA UM POEMA
Lá na Rua da Amargura
Mora dona Desventura
Com a filha Agrura
Sem letras pra assinatura
Lá no Bairro Tristonho
Possui casas o senhor Bisonho
Aluga por preço risonho
Quartos para Faustos e Antônios
Lá no papel amassado
Escreveram um poema envenenado
É texto emblemado
Nenhum verso rimado
Lá na estrofe dedicada
Ao filho mais drogado
Dona Desolada
Selou com lágrima derramada
Um poema chora
Por um amor poesia
O poeta só queria
Conhecer Justiça agora