Estigma
ESTIGMA
Guida Linhares
Trago na face marcada
o estigma de uma vida vazia
num olhar repleto de amargor
pela marginalização e abandono
Meu lado direito conflita
com o esquerdo que em nada crê
minha boca mostra o travo amargo
de quem nunca recebeu motivação
Para lutar por um lugar ao sol
sempre sendo jogado à própria sorte
sem afagos na infância, sem eira nem beira
Sou alguém que não acredita no amanhã
meu cenho franzido é tal qual meu coração
condenado que está, a morrer na solidão.
Santos, SP
01/08/06
Participação no QUARTETO sobre o DESAFIO DE MARISE RIBEIRO