COMPLEXO DE JUVENTUDE
Tanto que meu fado atrasa incerto
E os pelos que tardam vem puberdade
Quando todos têm tudo em igualdade
Me medram sinais no peito aberto.
E nessa tardança vi meu complexo
De não ver meu corpo a plenitude
Nem contentei-me do reflexo
De tola pretença juventude.
Por ver até certas conquistas
Que na mocidade o imaturo
Perdeu a sorte além das vistas
Que deixara de ver o futuro.
Mas na vida o entrave desta sorte,
No passar do tempo a estatura
Estagna e impõe limite a morte
Que fica à espreita a sepultura.
(YEHORAM)