ESTAVA ALI POR ENGANO...
Desde muito pequenina
Sentia-me rejeitada
Era só uma sementinha
Que estava ali plantada.
Mas por alguma razão
Que eu não sei explicar
Eu tinha essa sensação
Que iriam me rejeitar.
Tudo que eu mais lamentava
É que sem saber falar
Eu simplesmente pensava
Será que vão me matar?
Estava ali por engano,
Fora um ato inconseqüente
Pois eles não tinham planos
De gerarem uma semente.
Levados pela paixão
Foram as ultimas conseqüências
Sem ouvir o coração
Ignoraram a prudência.
O fato é que a sementinha
Que eles ali semearam
Foi crescendo, a coitadinha
Coisa em que eles não pensaram.
Só que sem dó e nem piedade,
Por pura falta de amor
Ou mesmo de humanidade,
Causaram-me imensa dor...
Logo depois de nascida
Mal havia aberto os olhos
Senti-me desprotegida
E é por isso que eu choro...
Eu não pedi pra nascer
Mas me trouxeram a este mundo
E já começo a sofrer
Por desprezo tão profundo.
Aqueles braços que deveriam
Embalar-me, me aquecer
Do mundo só me escondia
Para sozinha morrer.
Numa lixeira deixada
Ao relento sem abrigo,
Sem entender quase nada
Me pergunto: fui castigo
No ventre que me gerara?
Resposta não encontrada
Tentei me resignar,
Com frio e desamparada,
Só me restava esperar.
______________________
Felizmente ainda existe
No mundo solidariedade
E alguém salvou-me, acredite,
Da falta de humanidade...
Brasília, 20/04/2011
Desde muito pequenina
Sentia-me rejeitada
Era só uma sementinha
Que estava ali plantada.
Mas por alguma razão
Que eu não sei explicar
Eu tinha essa sensação
Que iriam me rejeitar.
Tudo que eu mais lamentava
É que sem saber falar
Eu simplesmente pensava
Será que vão me matar?
Estava ali por engano,
Fora um ato inconseqüente
Pois eles não tinham planos
De gerarem uma semente.
Levados pela paixão
Foram as ultimas conseqüências
Sem ouvir o coração
Ignoraram a prudência.
O fato é que a sementinha
Que eles ali semearam
Foi crescendo, a coitadinha
Coisa em que eles não pensaram.
Só que sem dó e nem piedade,
Por pura falta de amor
Ou mesmo de humanidade,
Causaram-me imensa dor...
Logo depois de nascida
Mal havia aberto os olhos
Senti-me desprotegida
E é por isso que eu choro...
Eu não pedi pra nascer
Mas me trouxeram a este mundo
E já começo a sofrer
Por desprezo tão profundo.
Aqueles braços que deveriam
Embalar-me, me aquecer
Do mundo só me escondia
Para sozinha morrer.
Numa lixeira deixada
Ao relento sem abrigo,
Sem entender quase nada
Me pergunto: fui castigo
No ventre que me gerara?
Resposta não encontrada
Tentei me resignar,
Com frio e desamparada,
Só me restava esperar.
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Felizmente ainda existe
No mundo solidariedade
E alguém salvou-me, acredite,
Da falta de humanidade...
Brasília, 20/04/2011