Cinzas
Eu, neste asilo: farrapo de homem
Sem carinho, sem amor, sem lume,
Apagado nas lembranças dos meus filhos
Pobre eu... Cinzas jogadas ao vento!
Um vazio, um abismo de lágrimas e saudade...
Esta solidão me apavora e me devora a alma.
Aqui, jogaram-me após a navalha do tempo,
Ceifar sem compaixão meus dourados dias.