Cinzas

Eu, neste asilo: farrapo de homem

Sem carinho, sem amor, sem lume,

Apagado nas lembranças dos meus filhos

Pobre eu... Cinzas jogadas ao vento!

Um vazio, um abismo de lágrimas e saudade...

Esta solidão me apavora e me devora a alma.

Aqui, jogaram-me após a navalha do tempo,

Ceifar sem compaixão meus dourados dias.

Roberval Andrade Carvalho
Enviado por Roberval Andrade Carvalho em 17/04/2011
Reeditado em 19/04/2011
Código do texto: T2914951