NO MERCADO
Vou contar-lhe, meu amigo,
O que ocorre comigo
No mundo globalizado.
Meu dinheiro que é pouco,
Está me deixando louco
Quando eu vou ao mercado.
Eu que não sou consumista
Faço sempre minha lista
De coisas essenciais...
Minhas frutas, a verdura,
Um franguinho, a gordura,
Os legumes, nada mais...
Tenho sempre o cuidado
De me manter afastado
De compras sem serventia.
Se muito me oferecem
Imagino se merecem
A minha pobre valia.
Não quero ficar devendo
E sempre me remoendo
Para minhas contas pagar...
Mineiro, desconfiado,
Tem seu dinheiro contado
Para não se endividar!