Subindo o Morro para Sambar...
Eu vou subindo o morro para sambar, sambar, para sambar...
Aqui vê crianças sorrindo, aqui vê idosos, boas gentes. Aqui vê jovens sonhadores, boas gentes, vê mulheres e homens trabalhadores.
É diferente do que falam numa televisão de grandes polegadas. Aqui a comunidade é unida.
Aqui é como à vida: tem o lado bom e o ruim. Vai de você escolher onde seus passos pode chegar...
Aqui tem vagabundo como em todo lugar. Aí, riquinho, seu filho é vagabundo também, pois vive jogando vídeo game e vendo filme pornô ao invés de fazer a lição da escola.
A minha revolta, sabe, é porque tem gente maior que explora essa flora de comunidade.
Ladrões tem em todo lugar. Vá em um tal de lugar chamado Brasília, tem um monte lá...
Falam que são os ladrões mais charmosos, pois eles usam terno e gravata.
Queria eu pegar a gravata dele e os enforcar.
Eu sou conhecido como “SUICIDA”, que significa: “Sustentabilidade Unanimista Intolerável Comportamental Indiscriminável à Democracia e à Arte”!
Eu não tenho preconceito como você que olha para mim com desprezo, mas quem vive prezo é você. Sua casa parece uma cadeia cheia de grades, muros altos e câmeras. Filma-me que vou mostrar o dedo do meio. Por que o medo? Você que financia a porra do sistema. Pergunta para o Capitão Nascimento, a guerra é pior ainda, pois tem gente grande no meio.
Eu subo todos os dias no morro para sambar, para sambar...
E você, riquinho de merda? O que você vem fazer aqui? Veio comprar? Aqui não é o “Mercado Livre”! Sai daqui, seu merda, você que financia a violência e depois reclama dela... Você não é digno de palavras e muito menos de respeito. Você é o auto desejo do inferno.
Você corrói olhares de crianças que apenas queriam ser alguém de respeito.
Aqui o sangue escorre no morro, as pessoas morrem de chorar, porque você vem nessa porra brincar de banco imobiliário. Seu milionário, gaste outra coisa...
Aqui não é lavanderia para lavar sua roupa suja.
Aqui não é seu brinquedo. Aqui não é parque de diversão. Aqui não tem montanha russa.
Volte às suas festa de buga buga, pois você também financia a prostituição. Você é o pecador que não sabe em que gastar.
Eu não conheço nenhuma “Heroína”, mas dizem que você faz programa com ela a vida inteira.
Dizem que você vive com craque.
Eu não convivo com nenhum craque, não conheço ninguém famoso.
Apenas conheço anônimos. Eu sou um deles.
Eu sou o “SUICIDA”, posso partir a qualquer momento, mas deixarei a arte exposta.
Deixarei minha indignação por você e seus herdeiros de violação de condutas inefáveis.
Mas continuará lá exporto na minha arte e também o morro para sambar, sambar, para sambar...
O morro para sambar, sambar, para sambar...