SAGA

Bem tratado ele se cala

Bem nutrido ele só fala

Para o bem de si... Para o bem dos seus,

Raro pelo o bem daqueles a quem representaria

Boas risadas, passou a dar...

Boas risadas apenas

Ele só passou... Como passa a ventania...

Devolvendo a agonia da retórica vazia

Volta agora mais robusto!

Volta agora muito mais!

Em retorno retumbante!

Quatro anos mais voraz.

Faz-se presente, promete presentes!

Curva-se como só fazia muito antigamente

Só espera o dia de se assegurar

De que aquela gente vai referendar

De quantos carentes vão lhe perpetuar

Somente pelo evento de lhe ver passar

Repassando-os crentes para suas crias

Filhos e sobrinhos da falsa empatia

Vai mostrando os dentes de uma das faces

Revirando os bofes em forçados abraços

Esmerando a arte de engolir sapos

Esperando o troco naqueles palhaços.

Já anda pensando em unir famílias

A prole está pronta para nova partilha

Navegam perpétuos nas ondas da fome

Passando o bastão no último momento

Só aos escolhidos daquele legado

Que os excluídos e pseudo-informados

Brigando entre si lhes propiciaram

Com o traço da pobreza e da ignorância

Fonte de injustiça e da mendicância

Círculo perfeito, nenhuma esperança.