Palco Desigual
O mundo, onde vivemos,
É um palco sem igual,
Onde nós todos, atores,
Alegres ou com dissabores,
Representamos fiéis,
Tristes ou doces papéis.
Abrem-se as cortinas,
No momento em que nascemos,
Está traçada a sina
Da vida que viveremos...
Ao nascermos, somos iguais,
Como seremos na morte,
Porém a sociedade,
Com imposição, seriedade,
Indicará nossos caminhos,
Sempre sozinhos,
A seguir para viver...
Em crianças, não sabemos
Entender o que é a vida,
Então representamos,
Neste palco sem igual,
Que somos todos felizes,
Podendo tudo avançar...
Então finda aquela fase
De esperar Papai-Noel,
Acreditar em fantasias,
Em bonecos de papel...
Adolescentes, buscamos
Realizações, ser alguém,
E o palco sempre repleto,
De gente querendo viver...
Vem o real.
Saturação.
Solidão.
Inversão.
Decepção...
Em ato contínuo, no palco,
A vida é nos roubada,
Levando tudo de bom,
Não nos deixando mais nada...
Idiota esta sensação
De esperar algo bom,
De novo, num palco tão velho,
Para um espetáculo cansativo...
(Ana Stoppa,1989)
O mundo, onde vivemos,
É um palco sem igual,
Onde nós todos, atores,
Alegres ou com dissabores,
Representamos fiéis,
Tristes ou doces papéis.
Abrem-se as cortinas,
No momento em que nascemos,
Está traçada a sina
Da vida que viveremos...
Ao nascermos, somos iguais,
Como seremos na morte,
Porém a sociedade,
Com imposição, seriedade,
Indicará nossos caminhos,
Sempre sozinhos,
A seguir para viver...
Em crianças, não sabemos
Entender o que é a vida,
Então representamos,
Neste palco sem igual,
Que somos todos felizes,
Podendo tudo avançar...
Então finda aquela fase
De esperar Papai-Noel,
Acreditar em fantasias,
Em bonecos de papel...
Adolescentes, buscamos
Realizações, ser alguém,
E o palco sempre repleto,
De gente querendo viver...
Vem o real.
Saturação.
Solidão.
Inversão.
Decepção...
Em ato contínuo, no palco,
A vida é nos roubada,
Levando tudo de bom,
Não nos deixando mais nada...
Idiota esta sensação
De esperar algo bom,
De novo, num palco tão velho,
Para um espetáculo cansativo...
(Ana Stoppa,1989)