Sem ar

Noite calma

Tranqüila alma

Após um banho

Numa noite acalorada

A cama macia

Convidativa

Janela aberta

Brisa adentrando

Devagarzinho,

Olhos fechando

Concentrada respiração.

Um cheiro forte

Aguça os sentidos

De onde vem?

Vem do lixão!

No ar, fumaceira...

Durante respiração

Ardência, tosse, falta de ar...

Oh! Lixão!

Os pulmões da cidade não te culpam não!

São as autoridades

(In) competentes, indolentes

Que não respeitam as cidadãs

Nem os cidadãos.

No meio da madrugada

Bem na surdina,

Ateiam fogo, lá no lixão...

Mariluxa