Somos meninos de rua,
Crianças abandonadas
Vagando... a ermo... pela vida
Ao léu... de déu... em déu.
Porém, somos agradecidos,
Ao nosso Senhor Jesus,
Que nossas penas aliviou.
Em noites indiferentes,
De filhos ausentes...
Distantes de tudo.
Sem escola, sem comida,
Na lida, desvalida,
Sem medida.
Somos filhos da noite,
Que sufocam rumores...
E vivem sem amores,
Por toda gente.
Somos filhos da dor,
Que cruzam o infinito...
No silêncio - um grito,
Desolador - de pavor.
Somos meninos e meninas,
De rua de asas quebradas,
Na rebeldia...
De um mundo fétido,
Revestido,
De cores...
E hipocrisias!