Eu só!... No sertão. No pó. E só.
Eu estava ali
No meu mundinho pacato
Até que me deparei com um ser tão...
... nordestino!
... viche menino!!!
Seu olhar tocou o meu...
Pelo clamor... do desamor.
Em sua face tão corada
A camuflagem da dor
Em seus olhos o grito do lamento:
- Ai Meu Deus... que desalento!
De seus lábios cerrados
Pude ouvir o desabafo
Num sussurro que ecoa...
Da alma em farrapos
Cercada pelo descaso
Revelado pelos fatos
Das gentes à toa.
Sua linguagem é o olhar
Aos céus e clamar...
Clamar...
Aos céus!...
Um clamor!...
Um olhar...
Uma dor...
Um estômago...
Um vazio...
Um deserto...
Um clamor!...
Um favor!...
Por amor.
A seca!...
À seco!...
A só!...
Eu só!...
No sertão.
No pó.
E só.