CÉU DE PLUTÔNIO

Não adianta correr

A onda vai te alcançar

Como a varrer a terra

Com as águas do mar

Chegou à hora de embarcar

Sem passaporte

Sem endereço

Hoje o nosso planeta

Sofreu, pagou o preço

Não olhes para o céu

Não esboces reação

Seguir linha reta

Ou entrar na contramão

Uma nuvem invisível

Foi do homem a invenção

Desde Hiroshima

Só mortes, destruição

Desenvolveu a ciência

E hoje perdeu o chão

Está perdendo a cabeça

Não encontra solução

Sente - se hoje acuado

Como um bicho,

Como um cão

Está tão desnorteado

Como o povo do Japão

O planeta ameaçado

Angustia o coração

Sírlia Lima
Enviado por Sírlia Lima em 17/03/2011
Reeditado em 10/07/2017
Código do texto: T2852955
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