Eu vi
Pelas ruas e avenidas
Meninos ranhentos
Meninas atrevidas
Brotos sem raízes
Folhas soltas... ao vento,
Cheiravam, comiam, dormiam...
Mas... não eram flores,
Quiçá, alimentos...
Sonhos a descoberto, não haviam cobertores.
Sonhos... pesadelos?!
Imagens distorcidas,
Hipocrisia social refletia em falsos espelhos...
Eu vi
Crianças pequenas
Com jeito de gente grande,
De olhos vazios e corpos arredios,
Brincavam sem ter brinquedos
Passavam anéis e outras coisas em seus dedos...
A rua era seu lar,
Sua mãe, a calçada,
Abraçava suas dores,
Até os amparava a malvada,
Mas não supria seus temores...
Sem muito a ganhar, tampouco a perder,
Abortos sociais...
A terra árida negou-lhes da vida, além da seiva...
Hoje, galhos tortos, brotos murchos, hastes quebradas,
Em meio a selva, ervas daninhas... rastejam, sem medo de nada!
Pelas ruas e avenidas
Meninos ranhentos
Meninas atrevidas
Brotos sem raízes
Folhas soltas... ao vento,
Cheiravam, comiam, dormiam...
Mas... não eram flores,
Quiçá, alimentos...
Sonhos a descoberto, não haviam cobertores.
Sonhos... pesadelos?!
Imagens distorcidas,
Hipocrisia social refletia em falsos espelhos...
Eu vi
Crianças pequenas
Com jeito de gente grande,
De olhos vazios e corpos arredios,
Brincavam sem ter brinquedos
Passavam anéis e outras coisas em seus dedos...
A rua era seu lar,
Sua mãe, a calçada,
Abraçava suas dores,
Até os amparava a malvada,
Mas não supria seus temores...
Sem muito a ganhar, tampouco a perder,
Abortos sociais...
A terra árida negou-lhes da vida, além da seiva...
Hoje, galhos tortos, brotos murchos, hastes quebradas,
Em meio a selva, ervas daninhas... rastejam, sem medo de nada!