Hurra à resistência

Bandeirolas no ar e a multidão

a cantar, na há neste lugar a

angústia de outrora; já não há também

mais revoltas. No céu, fogos de artifício

clareiam a noite escura que

hoje não atenderá ao seu habitual

prazo no espaço das horas.

Que reboliço é este aí, na praça?

Que festividade é esta que todos comemoram?

Será dia santo?

Não, meu irmão. Não há santo aniversariante.

É a festa do redescobrimento.

Reencontramos hoje a força, o poder

E o sonho, esquecidos todos, no caminho

do tempo. Moços, adultos, senhoras e crianças,

agora cantam, alegremente, a nova cantiga

da liberdade.

E o que eles cantam, que não entendo?

Viva o Egito!

Pois enfim teremos direitos

iguais!