OS VELHINHOS
Quando olho os trôpegos velhinhos
Trémulos no andar rumo ao sol-posto,
Lembra-me os caminheiros sozinhos
Com o cansaço estampado no rosto.
Nas noites calmas vigiam, acordados,
O luar que lentamente desaparece
E revivem dos tempos passados
Os sonhos que a mente não esquece.
Solitários nas escuras noites sem sono
Com memória quase esgotada e gasta,
São como folhas caducas no Outono
Perdidos nas recordações primeiras
Com o pesado corpo que se arrasta
Empurrado pelas forças derradeiras...