GRITO

Um grito ecoou

Em meio à multidão

Que transitava pela calçada.

Era um grito de dor.

Envergonhada; mais pela emoção,

Pois para ela, a sociedade olhava...

Logo cercada; chorou.

De cócoras, chegou ao chão.

Ninguém, nela tocava.

Sensação de medo, pelo amor

Que continha no coração.

Percebeu que a hora chegava.

Ninguém cantou.

Ninguém segurou sua mão.

Só, em meio à multidão, estava...

Sentiu que o sangue escoou;

Entre as pernas, a vermelhidão.

A morte chegava?

Não agüentando a dor

Deitou no chão

E a morte esperava...

Da multidão alguém aflorou,

Era sua salvação.

Rapidamente embrulhou o presente...

Seu filho nascera!

(PEREZ SEREZEIRO)

J.R.P.Monteiro – SCSul SP serezeiro@yahoo.com.br serezeiro@hotmail.com

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 09/03/2011
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