Insensatez
Julgam-me os erros cometidos,
Atiram-me as pedras do pecado,
Cobrem-me de ofensas e insultos;
Fico só, no meu canto, calado.
Inspiram-me a atos de luxúria,
Expelem-me o veneno insensato,
Tocam-me com malícia e crueldade;
Nos seus olhos, vejo pura maldade.
Acato a ira dos excluídos,
E me deixo levar por meus impulsos:
Guardo na alma sentimentos puros
Que não controlam mais a minha vida.
Assim, me ensinaram a viver,
Mostrando-me que a vida é sofrida.
Se eu tenho que fazer alguém sofrer
Melhor assim, do que eu sofrer na vida.