Menino de rua

Cambaleia o menino

De um lado para o outro/

Sem rumo, aparentando estar tonto/

Em poça o pé na água,

Nas poças lameadas

chuva cai do céu

Ele senta na calçada

Sozinho vive seus olhos

Diante de varias visões

Pernas e braços

Andam sem corações

cegado pela crise sociopolítica

Opaco segue sua vida

entre inda e vinda, conta - se mentira

Como cão abandonado

Ladrando sozinho

Molhado, sem nome

Sem afeto ou carinho

Se DEUS existe?

Porque seus olhos não veem?

Porque sua boca se cala?

Porque sua mão na age?

Porque e porque?

Sem contos e encontros do livre arbitrou

Se condenado somos por ele

E julgados perante os apitos

Ele faz uma reflexão sobre si passando por uma Igreja.

__Engano à ali! Dizem que aqui é aposento de DEUS

ele tem milhões de casas e eu herdo o vento.

Cólera que corre entre as veias sanguíneas

lágrimas que escorre pelo filho da vida

Deixa-se o nome, num canto qualquer

tristonho olhar, por não ter um lar

Agora as águas escorrem pelo vidro

De um lado o sofá a TV, o amar

Do outro lado fica fintando o olhar

Da falta: do pão, do não, do amor, do coração

Escorre a chuva se vai pelo chão.

guido campos
Enviado por guido campos em 03/03/2011
Reeditado em 11/03/2011
Código do texto: T2825862
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