Tantos anjos enfeitei!
Quando eu era criança...
Lá naquele meu mundo humano
Esquecido do poder público
Aonde as secas sempre chegavam
E a gente tinha que enfrentar
Qualquer mal que lá chegasse
Éramos humanizados de coração
E toda a gente se ajudava
Conhecendo e acalentando
Tantas dores!
Nesse mundo diferente
Sei que fui criança anjo
Com a morte eu conversava
E até mesmo com ela brigava
Toda vez que enfeitava
Com as minhas mãozinhas inocentes
Aquelas pequeninas crianças
Que antes mesmo de aprender a andar
Ela já chegava pra suas vidas ceifá-las
E num caixãozinho cheinho de nossas flores
Cultivadas no terreiro de cada casebre dali
Lá se ia nosso amor num coração que ela parou
E na família que perdeu seu pequeno coração
A tristeza se instalava... choro! Saudades e dores
Por muito tempo ficavam...
E eu... até hoje!
Não entendo... se foi sorte ou missão?
A morte não ter me levado... Criança ainda anjo!
***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga"
Natal, 27.02/2011
Texto publicado no meu 4º livro "Letras de Caatingueira"
Quando eu era criança...
Lá naquele meu mundo humano
Esquecido do poder público
Aonde as secas sempre chegavam
E a gente tinha que enfrentar
Qualquer mal que lá chegasse
Éramos humanizados de coração
E toda a gente se ajudava
Conhecendo e acalentando
Tantas dores!
Nesse mundo diferente
Sei que fui criança anjo
Com a morte eu conversava
E até mesmo com ela brigava
Toda vez que enfeitava
Com as minhas mãozinhas inocentes
Aquelas pequeninas crianças
Que antes mesmo de aprender a andar
Ela já chegava pra suas vidas ceifá-las
E num caixãozinho cheinho de nossas flores
Cultivadas no terreiro de cada casebre dali
Lá se ia nosso amor num coração que ela parou
E na família que perdeu seu pequeno coração
A tristeza se instalava... choro! Saudades e dores
Por muito tempo ficavam...
E eu... até hoje!
Não entendo... se foi sorte ou missão?
A morte não ter me levado... Criança ainda anjo!
***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga"
Natal, 27.02/2011
Texto publicado no meu 4º livro "Letras de Caatingueira"