LIVRAI-NOS SENHOR, LIVRAI-NOS!

Da poeira da saudade

Que nos cobre de melancolia e dor

Da agonia da insegurança cotidiana

Que nos afasta do amor

Da azia que o dinheiro provoca

Com sua ausencia no oco bolso

Da feiura que invade

Todos os seres, cantos e almas

Livrai-nos Senhor, livrai-nos

Dos aneis, dos infieis e coroneis

Dos comprimidos, compelidos e atrevidos

Dos capangas, barangas e missangas

Livrai-nos Senhor, livrai-nos

Posto que o deposto, oposto ao composto

Governo dos miseráveis inválidos

Também já trama a sua volta ao poder

E quem pode mais é quem vai nos valer

Livrai-nos Senhor, livrai-nos

Do fim.

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Bahia, 31-12-2004.

Alorof
Enviado por Alorof em 26/02/2011
Código do texto: T2815962
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