Discurso de um político!
Discurso de um político:
Meus caros eleitores, eu prometo:
Prometo mais segurança pública, prometo saneamento básico, prometo moradias, prometo que vocês não verão seus pratos vazios. Darei conta de suprir suas necessidades e os alimentarei. Aumentarei o salário mínimo, novas creches para nossas crianças, novos hospitais e mais transporte público de qualidade.
Enfim esse é o Discurso, por isso que sou fiel à bíblia;
“Maldito Homem que confia no Homem!”
Voltamos na era de pão e circo
Que circunstâncias chegamos, tenho desgosto de escrever isso.
Mostrarei para você o que é um discurso de verdade, pois a verdade será relatada.
A verdade é uma só, verdade muitas vezes é o silêncio dos mal ouvidos.
Eu represento essas pessoas, eu sou essa pessoa.
Eu sou a dor dos indolores, sou o choro da noite, o silêncio misturado com gritos da noite.
Como Senhores engravatados podem fazer um discurso desses? Que segurança irão nos trazer, sendo que não há nenhuma experiência de vida sobre isso? Vocês não sabem a dor da lamentação.
Você não representam uma mãe dona de casa, um pai de família que acorda junto com os galos e pega uma sub-lotação, já chega suado ao trabalho. Uma criança que vai na escola muitas vezes para comer, sendo que era para aprender.
Sem falar da criminalidade que nos rodeia, saímos de casa sem saber se voltamos. Se voltarmos, é a própria sobrevivência de uma história de horrores.
Estamos sujeitos a tomar várias balas, sem saber o porquê...
Engulam essas balas senhores engravatados. Tomara que vocês se engasguem com a pólvora. Vivemos numa guerra civil velada e estamos sendo perseguidos todos os dias.
Enquanto vocês, senhores, ficam deitados em seus sofás de couro com os pés esticados, sim seus pés não têm calos, rachaduras, pois vocês senhores andam em um chão plano feito de mármore. Agora aqui na comunidade o couro come e o bebê chora...
È mais cruel que vocês pensam. O pau come, o filho chora e a mãe nem vê.
Senhores engravatados que estão escondidos atrás de um terno, o que desejo para vocês é ódio eterno. Quero que vocês queimem. Senhores, senhores o caralho. Não merecem meu respeito, muito menos o meu voto.
Volto a dizer em palavras mais esclarecidas:
Vão tomar no cu, bando de filhos de uma puta.
Desculpem-me, leitores, por essas palavras de baixo calão, mas não consigo agüentar. Tenho que expressar o que sinto de verdade, eu falo a verdade.
A verdade é uma só. Não existem outros termos.
Aumento de salário mínimo é o mínimo que vocês têm que fazer por nós.
Engraçados vocês que fazem debates para beneficiar a gente. Vocês são donos da democracia? Não precisamos de sua caridade, enfiam o rolo de dinheiro no meio de teu cu. Ordinários!
Não sabia que vocês eram donos do Brasil e nem sabia que este estava à venda.
O Brasil somos todos nós, é uma nação. Não é de vocês políticos da vez, empresários, aqui não é seu comércio e muito menos sua politicagem.
Virem-se e nem dêem a cara, pois se derem a cara para bater, não responderei pelas tais consequências que surgirão.
Nem cheguei a falar do código penal. Chego até a rir. Como uma nação pode ter um código penal na época de Dom Pedro II? Inaceitável. Precisamos de código penal que defenda os desfavorecidos.
Que código é esse que defende os covardes que se escondem atrás de uma arma, matam sem dó... Como se a gente se fosse um botão de uma calça.
Nós não podemos fazer nada, estamos enfraquecidos pelas desarmas.
Engravatados mal feitores de uma nação dolorosa, eis o meu júbilo pelo som de justiça.
Eu quero a justiça, eu prezo a justiça.
Mas não sei se minha voz alcançará, pois eu sou o único que grita sem medo.
Eu não tenho medo de vocês.
Quando agora repousarem em seus travesseiros cheios de espuma, colocarem seus ternos italianos, quando começarem a discursar, eu estarei lá. Daqui para frente, serei a sua consciência.
No debate eu tenho os melhores argumentos.
Eu vivencio o que os olhos de uma nação vêem.
Desabafo: Esse desabafo é de um personagem; às vezes desconhecido e outras vezes principal. Com esses argumentos, quero focar na classe social e na dor dos esquecidos que dormem em um sono profundo. Estou numa caça atrás de caçadores malfeitores, em busca de desmascarar e ofuscar; agora só preciso saber se estou nessa só ou com uma nação. Vai comigo ou vai se esconder atrás da capa deles?
Renato F.Marques.