Sem cultura.
Sem cultura.
Cada dia que passa bate nas mesmas teclas “Parar”, eis a questão?
Ah, desanima às vezes. Escrever para que? Poucos lêem.
Não sei, mas vivo num país que dá pouca importância à leitura.
Parece que eles não têm cultura ou que apenas seja uma doença da tal preguiça.
Disseram-me que essa doença está atacando muitos por aí à fora.
Não estou falando no contexto geral, mas a grande maioria é assim.
Não sei se já percebeu quando pega uma lotação ou está em um lugar que tem grande concentração de público, poucos estão lendo.
Desanima. Sabe, escrever é um dom, vamos ser realistas. Mas o mundo lá fora nem dá muita preferência, mas agora se eu tivesse falando da vida alheia, muitos estariam aqui me aplaudindo.
São analfabetos funcionais, pois não lêem e nem sabem interpretar.
Pobres mortais, mal sabem que estão fazendo parte de uma grade de ignorância sem cultura.
Estou desmotivado. Espero que os novos sejam diferentes e que cultivem as palavras.
È tão desagradável onde vivo. Me sinto diferente, talvez seja essa a questão... Mas o difícil é ver que nem apreciam a minha espécie rara ultimamente.
Vou deixar esse pensamento para que, quem sabe, vocês vejam, sei que é pouco improvável, mas é a fé que vale a pena ainda.
Mal sabem vocês que muitas poesias que fazemos podem estar ocorrendo em seu mudinho e lhe dar forças.
Hoje vocês podem não precisar, mas o futuro pertence a Deus. Espero que lá não seja tarde e eu e muitos por aí estejamos ainda desenvolvendo novas escrituras coadjuvantes.
Mal sabem vocês que ler faz parte da cultura.
Agora engulam as palavras para quem sabe digerem em seus pequenos cérebros.
Talvez seja minha última reflexão de que esse mundo nem me pertence mais.
Eles não sabem e nem querem saber. Não ligam para ninguém e muito menos para um artista. Artista para eles são aqueles que fazem novela das oitos ou reality shows. Hipócritas.
Gostaria realmente que fossem vocês no meu lugar e sentissem a palavra saindo da alma como dói. È como uma perda de um parente querido. É como desabafar para alguém e ele nem te dar ouvidos.
Essa realidade de hoje não tenho medo de falar. Não ficarei quieto atrás de uma parede, se der eu quebro a parede e mostro o machado.
Não irei ausentar agora minhas palavras de desilusão.
Pois o que mais sinto agora é uma discordância verbal.
Renato F.Marques.