ÁGUA- mata a SEDE e o SONHO!
Janeiro-mês de calor,
chuvas fortes,temporais,
corpos nus para o amor,
cenas de que não se esquecem jamais.
Mês de água pra tomar,
e a sede pra matar,
água do mar pra mergulhar,
água da chuva pra refrescar.
Água que chega gostosa,
água que desce fresquinha,
eta água deliciosa,
a água boa da biquinha!
Lá vem a água da chuva,
gelada, bem forte, bem sorrateira,
de repente torna-se bruta e inunda a rua,
descendo em cachoeiras.
Leva tudo, a força é total,
leva tudo pela frente,
o rio inunda o quintal,
leva casa, carro e gente.
Que fúria, nunca vi igual!
Tudo, tudo destruído,
o cenário é fatal,
tudo, tudo perdido.
Gente desabrigada,
resgates fenomenais,
tevês muito agitadas,
dão notícias demais.
Solidariedade a caminho,
pessoas mortas e perdidas,
muitos perdem seus ninhos,
derramando lágrimas doídas.
Pensei: é...a água mata demais,
mata a SEDE, mas que bom!
Mas mata o SONHO da paz,
que habita o coração!