ASSIM FOMOS, SOMOS E SEREMOS...
Serão minhas verdades invertidas,
Ou inverdades as certezas desse mundo?
Pois não há forma de viver em harmonia
Com segmentos e valores absurdos.
São obscuros os caminhos que traçamos
Nos anulando ante a hora de agir,
Assim fingir direcionar os nossos planos,
Quando mal somos livres para decidir.
Fomos moldados pela crença e pelo medo
De sermos julgados pelos atos cometidos.
Assim tolheram o que é nosso por direito:
A opção de ter em mãos o livre-arbítrio.
Somos mesquinhos com aqueles que nos amam,
Idolatrando a eloquência de homens vis,
Meros fantoches subordinados por um bando
De soberanos ordinários e imbecis.
Não há verdade absoluta, diz o cético,
Seguindo o pirronismo inconsequente.
Assim dividem opiniões de um povo débil
Que segue as letras das canções incoerentes.
Não somos nós inferiores a ninguém
E não há quem possa a todos iludir.
Ao guerrearmos, feriremos sempre alguém
Que como nós será refém do que há de vir.
E o que virá é mais um dia de batalha
Contra a insensata mira da artilharia,
Que encarcera a faculdade dessa massa
Destinada a sujeitar-se à tirania.
E novos dias se oporão a renascer,
E como nós vão se render à autoridade
Dessa absurda divindade do prever
Que o sofrer é necessária aprendizagem.
Assim renascem erros graves do passado,
Que acorrentam o instinto de agir.
Seremos sempre seguidores molestados,
Reles escravos adestrados pra servir...
Vanessa Rodrigues