Mendigo

De porta em porta a fome lhe obriga

Saciar-lhe a vida mendigando o pão

Herança que a lida lhe custara em vão

Pois só lhe restaram canseira e fadiga

Se deslumbra a noite, só ela lhe abriga

Com seu manto frio sob a escuridão

Onde afadigado no cenoso chão

Descança da lida que o dia castigara

Dele só se sabe que não tem abrigo

Ainda não se sabe a crença ou religião

Se pede por pedir, precisão ou castigo

Pois só Deus conhece e sabe o coração

Desse sofrer que faz mendigo

Do mais precioso alimento “o pão”.

Gilson Pontes
Enviado por Gilson Pontes em 16/01/2011
Reeditado em 19/12/2011
Código do texto: T2732883
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