Jovens Réus.


Ando triste vendo ruir-se o mundo

E tão parca a esperança

Crianças que já nascem

Com canceres n'alma.


Abandono infante é fatalmente trágico

Procriação permissiva um desastre

Anunciado ao som da modernidade passiva.


Ando triste carregando tantos olhos

E mãos pequenas com sonhos diminutos

Abrigos fétidos que se obrigam a viver

Para sobreviver.


Sobreviventes de lares desfeitos

de casais mau feitos

de mal feitores boçais

crianças enclausuradas como animais.


Retaliadas as expectativas

Sem carinho, escola a sua história finda

Justificando estatísticas cruéis

Teremos mais jovens nos bancos dos réus.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 15/01/2011
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