NACIONALISMO

Ouviram do planalto vozes ávidas

que um povo que trabalha confiante

é a lua impregnada de estúpidos

brilhando neste céu tão vacilante

Se o Senhor da Seriedade

conseguirmos invocar, com nossa sorte

no meio da ambigüidade

lutará por nossa dor até a morte

Quem sabe a amada

massacrada pátria volte

O povo, outrora forte, agora lívido

de dor e insegurança desfalece

e um denso véu de embuste estranho e místico

oculta a imagem deste que padece

Distante da verdade e da clareza

só o belo, só o que brilha é exportado

e a aparência espelha só beleza

O povo honrado

sendo escurril, nunca o Brasil será notado

Irmãos, não deixem que este manto vil

assassine o Brasil.

Deitado na indolência e, excêntrico

ignora o verdadeiro e o profundo

da mais extensa dor de toda a América

de risos colecionador do mundo

Se esse louco matricida

sucumbir com sua corja de opressores

e nos bosques de outras “dez vidas “

germinarem “girassóis libertadores”

Quem sabe a amada

massacrada pátria volte

Brasil, que esse inverno seja estímulo

de união na “primavera“ tão sonhada

e tenha em sua bandeira austero símbolo

de paz futura e justiça honrada

Não deixando seu irmão à própria sorte

é fácil esquecer a árdua luta

teremos uma pátria unida e forte

O povo honrado

sendo escurril, nunca o Brasil será notado

Irmãos, não deixem que este manto vil

assassine o Brasil.

.... XX ....

Revirando o baú, dos tempos de Adelina

Sem qualquer conotação pejorativa

Eu amo e respeito o meu país.