BONZINHO
Não sou e sou mesmo quando não sou continuo sendo.
Digo o que penso e sinto, ajo por puro instinto
Me exponho a crítica e não me arrependo.
Tu não, tu és constante.
Pode o mundo desabar à tua volta, o chão sucumbir sob teus pés,
Dirás sempre que és, sendo o mesmo a todo instante.
Mascara sentimentos, esconde a realidade, escreves por conveniência.
Manténs as aparências, escreves para agradar.
És grande, escreves bem,
Não por seres bom,
Mas por seres bonzinho.
Podias ser melhor, podias desabafar,
Mas escondes sentimentos,
Escreves para agradar.
Nesse ponto és poeta, pois mentes.
Escondes tão bem o que sentes, só para aos olhos das gentes ser querido.
Não, deixa eu cá assim mesmo, nojento, brigão, enraivecido,
Torto, louco, satírico, irônico, maldito, mas ainda assim um poeta.
Isso é tudo que me resta,
Não queira me aprisionar,
Tô nem aí pra ninguém.
Que poucos me leiam,
Quase nenhum compreenda,
Não escrevo para agradar.
Mas sou livre, e tu?
Não sou e sou mesmo quando não sou continuo sendo.
Digo o que penso e sinto, ajo por puro instinto
Me exponho a crítica e não me arrependo.
Tu não, tu és constante.
Pode o mundo desabar à tua volta, o chão sucumbir sob teus pés,
Dirás sempre que és, sendo o mesmo a todo instante.
Mascara sentimentos, esconde a realidade, escreves por conveniência.
Manténs as aparências, escreves para agradar.
És grande, escreves bem,
Não por seres bom,
Mas por seres bonzinho.
Podias ser melhor, podias desabafar,
Mas escondes sentimentos,
Escreves para agradar.
Nesse ponto és poeta, pois mentes.
Escondes tão bem o que sentes, só para aos olhos das gentes ser querido.
Não, deixa eu cá assim mesmo, nojento, brigão, enraivecido,
Torto, louco, satírico, irônico, maldito, mas ainda assim um poeta.
Isso é tudo que me resta,
Não queira me aprisionar,
Tô nem aí pra ninguém.
Que poucos me leiam,
Quase nenhum compreenda,
Não escrevo para agradar.
Mas sou livre, e tu?