NÃO SOU QUALQUER UM, SOU UM CIDADÃO...
Soco na boca do estômago
Rosto sujo, sem dentes, traços de ébrio evidenciado
Olhar penetrando na câmara, esparramando nos fios
Quebra a tela, caindo em nosso colo
Tabefe com luva de pelica
Não sou qualquer um, sou um cidadão...
Moças loira entrevistadas, bem fornidas,coradas
Belos espécimes, da raça ariana
Como se atrevem, morar no nosso quintal
Sujar nossas ruas... sumam párias
Não sou qualquer um, sou um cidadão...
Chutem suas suas bundas, quebrem suas costelas
Atirem-nos dos viadutos
“Este é um país livre, este é um país livre”
Muitos não dormiram, com esta frase martelando
Não sou qualquer um , sou um cidadão