NÃO SOU QUALQUER UM, SOU UM CIDADÃO...

Soco na boca do estômago

Rosto sujo, sem dentes, traços de ébrio evidenciado

Olhar penetrando na câmara, esparramando nos fios

Quebra a tela, caindo em nosso colo

Tabefe com luva de pelica

Não sou qualquer um, sou um cidadão...

Moças loira entrevistadas, bem fornidas,coradas

Belos espécimes, da raça ariana

Como se atrevem, morar no nosso quintal

Sujar nossas ruas... sumam párias

Não sou qualquer um, sou um cidadão...

Chutem suas suas bundas, quebrem suas costelas

Atirem-nos dos viadutos

“Este é um país livre, este é um país livre”

Muitos não dormiram, com esta frase martelando

Não sou qualquer um , sou um cidadão

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 23/10/2006
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