Bem podeis amordaçar-me!
Que me importa,
se estou viva
e tenho um coração que canta?
Bem podeis ir buscar cordas
e amarrar-me ainda mais,
que importa
se sou livre
e o meu espírito tem asas?
Bem podeis meter-me em masmorras,
nada importa!
Continuarei a gritar
que é meu o universo.
Bem podeis cortar-me a garganta,
nem isso importa!
À terra grande e livre
legarei meu corpo:
Morrerei de olhos abertos!