Conto de uma esquina.
CONTO DE UMA ESQUINA
Quem é aquela moça que passa
Com chuva ou calor que se faça
Tão triste, fingindo e disfarça
Sentimento sem limites ultrapassa
Dizem que mora longe
Dizem que ela se esconde
Dizem que tem coração
Que já comprou emoção
Então...
Como pode alguém tão fria
Um ser ausente de alegria
Provocar tanta euforia
Seja de noite ou de dia
Espera risadas em forma de sarro
Espera as buzinas de inúmeros carros
Espera alguém lhe oferecer um cigarro
Espera o sol lhe curar seu pigarro
E ...
Em tão poucas horas sentiu
A conduta de um homem gentil
A sujeira do homem covil
A nojeira do homem público vil
Vai embora Como pátria amada
Depois de ser invadida e tomada
Com bolsa vazia e mais nada
Com ódio de ser enganada
Chora o leite derramado
Dorme o ato inacabado
Sonha um dia ter voltado
Aos braços do seu namorado.
ANOITECEU AFINAL
É festa sem ser carnaval
Sua noite um festival
E Tudo volta ao normal.