Conto de uma esquina.

CONTO DE UMA ESQUINA

Quem é aquela moça que passa

Com chuva ou calor que se faça

Tão triste, fingindo e disfarça

Sentimento sem limites ultrapassa

Dizem que mora longe

Dizem que ela se esconde

Dizem que tem coração

Que já comprou emoção

Então...

Como pode alguém tão fria

Um ser ausente de alegria

Provocar tanta euforia

Seja de noite ou de dia

Espera risadas em forma de sarro

Espera as buzinas de inúmeros carros

Espera alguém lhe oferecer um cigarro

Espera o sol lhe curar seu pigarro

E ...

Em tão poucas horas sentiu

A conduta de um homem gentil

A sujeira do homem covil

A nojeira do homem público vil

Vai embora Como pátria amada

Depois de ser invadida e tomada

Com bolsa vazia e mais nada

Com ódio de ser enganada

Chora o leite derramado

Dorme o ato inacabado

Sonha um dia ter voltado

Aos braços do seu namorado.

ANOITECEU AFINAL

É festa sem ser carnaval

Sua noite um festival

E Tudo volta ao normal.

Darío Junior
Enviado por Darío Junior em 28/12/2010
Reeditado em 14/03/2019
Código do texto: T2695349
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