O pesadelo urbano

Não me deixe sozinho,

No escuro da vida

Nos pecados do tempo

No eterno pesadelo urbano...

Assim vou encarar o espelho,

Com o orgulho discreto

Com o silencio secreto,

Cheio de nostalgia!

Que seja rápida minha ironia,

Que consiga disfarçar

Minha fobia,

Observada pelos olhos do tempo...

Como definirei o caráter?

Corrompido pelos passos

Errados na vida...

Talvez continuaria eterno

Em lembranças piedosas do mundo...

Versos soletrados na lama,

Em imundícies e escrementos

Que sobrevivem os mortos mortais!

Presos à uma idéia,

Que jamais ostentaram

mas sempre estarão entregues

Aos prazeres sem volúpia!

De uma vida sem sentido

no inferno em que almas caladas,

Jamais farão uso da palavra...

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Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 27/12/2010
Código do texto: T2694046
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