BRILHOS E SOMBRAS
Essa mulher que te estende a mão envelhecida,
de rosto enrugado e se curva já cansada,
que por muitos anos foi feliz prostituida,
esqueceu-se dos champanhes que alegrias transbordava.
Doces anos que viveu já foram de fugida,
festas brilhos, a seda azul que galanteava;
mas o tempo uniu-se a ela junto à vida
de prazeres e de vícios, desgraçada.
Entregava-se aos homens perfumados,
vendia caro os seus beijos de carmim,
não lhe faltavam os amigos e amantes.
Hoje chora triste sina e busca alguns trocados,
implora aos ricos de bengala de marfim
que são so mesmos que amara antes!