O sol elegeu sua parceira. É a chuva sua consorte!
De braços dados são feios a feitio de morte
Proliferam suas filhas - águas
Num frenesi de selvageria sem norte
Barracos deslizam na cama de lama
Crianças entorpecidas dançam e dançam
Num rito de desespero profano,
Mães nem tanto; preferem o manso pranto!
Pais derribados viajam em ônibus de desesperança
Para onde voltar?
Maldita seja a poesia que nada tem a oferecer
Senão uma triste nostalgia da justiça primeva!