indigente.
Indigente
Quero finalmente
Ser feliz
Sentimentalmente
Sem cicatriz
E nas noites inseguro
Sem amor
E sem futuro
Não quero, mas sentir dor
Na madrugada ao relento
Sobre o papelão
A par do tempo
Maltrata meu coração
E no fim o filho do mundo
Que amou e foi amado
Vive esquecido no submundo
Odiando e sendo odiado
E comem o resto que Le sobra
Quando comem!
Parecem cobras
Negando-se a serem homens
Quando passam
E os veem ali sujos e jogados
Pois não importa o que façam
Não serão notados
E o filho de deus
Que a mãe amou
Foi embora e não disse adeus
E nunca, mas voltou
Hoje ele vive
Sem ser notado
Com outros convive
Outros rejeitados.
Ualesson silva de Azevedo