ESPERANÇA PARA ALIMENTAR
ESPERANÇA PARA ALIMENTAR
Um antigo rio serpenteava
Por onde passava levava a vida
De tanto doar-se se esvaiu
Terra partida pela seca
Rachada a serpente
Couro exposto ao sol do equador
Sertão que leva a vida
Que consome a seiva
Que faz marrom a vida
Águas em serpentes equivocadas
Lençol freático vivo
Vida escondida sob a terra
Faz jorrar sobre o sertão
Sem freio jorre água
Águas que sai do trono da terra
Há um rio que enche a cidade
Há um lençol que deixa jorrar
Há sertanejos para perfurar
Então há vida para germinar
Serpentes para se encharcar
Esperança para alimentar