DE ENCONTRO

Brisa, mar, praia.

Chuva, avenida, calçada.

Vento, mata, picada.

Garoa, prédio, cidade.

Vida, choro, morte.

Labirinto, partida, chegada.

Morte, doença, vida.

Perdido, estrada, sorte.

Vagueia o cão,

Errante ele vai.

Já não está só,

Com ele vai a multidão.

Sorrateiro, encontra morada.

Aconchegadas a ele, as pulgas estão.

Não é empregado; é patrão.

Seu sangue é sugado...

Praia, cidade, vento.

Mar, prédio, brisa.

Mata, avenida, garoa.

Picada, calçada, chuva.

Perdido, morte, labirinto.

Partida, sorte, vida.

Doença, vida, estrada.

Choro, morte, chegada.

O cão, já não rasteja.

Anêmico ficou; então grita...

Ser patrão, não importa.

As pulgas, estão em alta...

Sozinho, agora se encontra.

Na praia, na cidade, na mata.

A multidão vagueia,

Precipitando-se para a ceia...

Assim é esse mundo.

Belo por natureza.

Feio por influência,

Da ganância efêmera!

(PEREZ SEREZEIRO)

José R.P.Monteiro – SCSul – SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 28/11/2010
Código do texto: T2641742