Anseio Paradoxal
É como um pássaro áptero.
A reação do seu integro destino vai afindando a cada dia, e infelizmente a dura rotina recomeça, como se os sonhos ali acabassem, e lentamente não conta os tempos que se extinguem, nem conta a infelicidade dos dias claros se desdobrando semelhantes, como sonhos esquecidos a serem realizados, um grito suave e silencioso com pedidos de concórdia que são escutados e ignorados por uma sociedade que só observa de longe e não esboçam nenhum tipo de reação.
Suas catástrofes na pior das casas, sóbrio esquiva-se das armadilhas nas ruas, a incerteza no olhar, a tristeza em seu andar, a frustração adquirida com o passar dos dias, o asfalto quente onde arrasta seu pé descalço.
Sua esperança é renovada diariamente, frente a um espelho formado por um elo soberbo. Sempre retratado por uma ilusão intermitente.
Menino das ruas da cidade grande, em sua longa caminhada em terra desconhecida, onde rasga o céu cinza, numa selva de pedra, nessa vida escassa de felicidade.
É como um pássaro áptero.
A reação de seu integro destino vai afinando a cada dia, e infelizmente a dura rotina sempre recomeça, como se os sonhos ali acabassem.