Anseio Paradoxal

É como um pássaro áptero.

A reação do seu integro destino vai afindando a cada dia, e infelizmente a dura rotina recomeça, como se os sonhos ali acabassem, e lentamente não conta os tempos que se extinguem, nem conta a infelicidade dos dias claros se desdobrando semelhantes, como sonhos esquecidos a serem realizados, um grito suave e silencioso com pedidos de concórdia que são escutados e ignorados por uma sociedade que só observa de longe e não esboçam nenhum tipo de reação.

Suas catástrofes na pior das casas, sóbrio esquiva-se das armadilhas nas ruas, a incerteza no olhar, a tristeza em seu andar, a frustração adquirida com o passar dos dias, o asfalto quente onde arrasta seu pé descalço.

Sua esperança é renovada diariamente, frente a um espelho formado por um elo soberbo. Sempre retratado por uma ilusão intermitente.

Menino das ruas da cidade grande, em sua longa caminhada em terra desconhecida, onde rasga o céu cinza, numa selva de pedra, nessa vida escassa de felicidade.

É como um pássaro áptero.

A reação de seu integro destino vai afinando a cada dia, e infelizmente a dura rotina sempre recomeça, como se os sonhos ali acabassem.

Thyego Douglas
Enviado por Thyego Douglas em 28/11/2010
Código do texto: T2641576
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