Pequena Aldeia

Numa tranqüila aldeia

Onde habitantes famigerados

Permeiam

Donde, flagrados,

Algozes enviam informantes

Coadjuvantes afanosos

Para anunciar a ceia...

E, exangue, o povo derreia.

Passam-se eras

E as feras bem amparadas

Dão porradas, anarquizam...

Infernizam do alto clero

E no lendário panteão:

A plebe ao cemitério!

Os feros mercenários

Aterrorizam a multidão...

Sem tetos, sem terras,

Sem comida... todos se ferram

Sobrevidas de bisnetos

Do outrora, do ontem...

Contem! Cantem!

Morte e fogo!

Onde a senha é um jogo...

Sem algesia, sem alforria,

Sem rumo... caminhos sem regras,

Sem idas nem vindas

Sem prumo...

Inda sem trégua, às léguas

Carregam a agonia e a ferida

Da vida...

Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 15/11/2010
Reeditado em 05/04/2011
Código do texto: T2617127
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