Pequena Aldeia
Numa tranqüila aldeia
Onde habitantes famigerados
Permeiam
Donde, flagrados,
Algozes enviam informantes
Coadjuvantes afanosos
Para anunciar a ceia...
E, exangue, o povo derreia.
Passam-se eras
E as feras bem amparadas
Dão porradas, anarquizam...
Infernizam do alto clero
E no lendário panteão:
A plebe ao cemitério!
Os feros mercenários
Aterrorizam a multidão...
Sem tetos, sem terras,
Sem comida... todos se ferram
Sobrevidas de bisnetos
Do outrora, do ontem...
Contem! Cantem!
Morte e fogo!
Onde a senha é um jogo...
Sem algesia, sem alforria,
Sem rumo... caminhos sem regras,
Sem idas nem vindas
Sem prumo...
Inda sem trégua, às léguas
Carregam a agonia e a ferida
Da vida...