MENINO DE RUA
Menino de rua cansado do desprezo,
O preconceito não cansa de lhe abraçar,
Com sua dor ninguém se importa,
Em tua face estão os traços do desamor,
Que vem de todo lugar.
Sonhos que são ignorados,
Vós que é forçada a calar,
Dor que a alma não consegue explicar,
Vida esmagada sem direito de manifestar.
Menino de rua desmente o que sente,
Tenta ser forte para não chorar,
Passa pelas pessoas com semblante carente,
E de vagabundo todos sabem chamar.
Pesa nos ombros aquilo que não é,
O mais humilhado por ter fome de amor,
Quase impossível dar norte a sua vida,
Teu corpo sucumbe pela dor.