Um Frio Social

Na noite um frio atroz

Fazendo-se de algoz, suportando... sorte?

Inverso do gozo, sofrimento sem voz

Na solidão: fantasma de mim mesmo, meu consorte

Desvairado, tremendo – este o andante das margens

Calado, o invisível – este o pensante das farsas

Frio – doer, co’a dor rezar – amanhecer escuras tardes

Em meio a todos ser notado, lembrado sem disfarce

Livrar-se das amarras – correntes eternas de agonia

É proletário – dor: explorado pela otária burguesia

Assim é o frio: congela a vontade, esvai liberdade

Aquecer: romper na noite, gritar – conclamar igualdade

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 08/11/2010
Código do texto: T2604717
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