PRATO VAZIO
Nesse lado avesso da sociedade madrasta,
A lei nociva do mais forte também vigora.
Ainda mais lasciva e medonha que na selva,
Onde a força só vale para abrandar a fome,
Sem a ilimitada ganância que nos faz tão vis.
Exatamente onde os seres pensam e sentem,
Onde o sentimento é conjugado em toda esquina,
Logo nós, humanos, supridos do saber e do pensar,
Sublimamos o amor, mas refutamos a partilha,
Verbalizamos solidariedade, mascarando a intenção.
Lá na selva a ganância tem o limite do estômago,
E apenas os instintos são suficientes para o equilíbrio,
Enquanto aqui na selva de pedras, concreto e vidro,
Guiada pelo ter, pelas moedas e pela avareza atroz,
Abrandamos sempre a sede do ter com água de mar.
E nessa cadeia desigual do nosso meio inteligente,
Ignoramos a sabedoria que o instinto nos instiga,
Enquanto cofres repletos ainda são insuficientes,
Ainda existem bocas famintas e pratos vazios,
Realidade tão tosca, numa sociedade tão torta.
Nesse lado avesso da sociedade madrasta,
A lei nociva do mais forte também vigora.
Ainda mais lasciva e medonha que na selva,
Onde a força só vale para abrandar a fome,
Sem a ilimitada ganância que nos faz tão vis.
Exatamente onde os seres pensam e sentem,
Onde o sentimento é conjugado em toda esquina,
Logo nós, humanos, supridos do saber e do pensar,
Sublimamos o amor, mas refutamos a partilha,
Verbalizamos solidariedade, mascarando a intenção.
Lá na selva a ganância tem o limite do estômago,
E apenas os instintos são suficientes para o equilíbrio,
Enquanto aqui na selva de pedras, concreto e vidro,
Guiada pelo ter, pelas moedas e pela avareza atroz,
Abrandamos sempre a sede do ter com água de mar.
E nessa cadeia desigual do nosso meio inteligente,
Ignoramos a sabedoria que o instinto nos instiga,
Enquanto cofres repletos ainda são insuficientes,
Ainda existem bocas famintas e pratos vazios,
Realidade tão tosca, numa sociedade tão torta.