SENHORA TRISTE, EMBRIÃO DEVASSO

Tu minha senhora,

Que tanto choras,

Que tanto se mata.

Que finge sorrir, sorriso sem graça.

Possui as retinas afogadas nas lástimas

De sua lida diária.

A carne sofrida, a boca...

Na boca um grito:

“oh my god, save us, help my son”

Dama do sonho alheio, sonhas ao teu ventre.

Está prostrada diante seu própio inferno

E esqueces de tua força.

Labuta mais, insista!

Devasso embrião que não suga o leite de tuas palavras.

Que ainda pequeno encubou dos males.

E hoje mulher?

Ele te rasga o peito e fere o coração, te sangra.

Te envenena a custa de suas lúdicas mentiras.

Labuta mais, insista!

Bruno Lima
Enviado por Bruno Lima em 05/11/2010
Código do texto: T2598758
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