SENHORA TRISTE, EMBRIÃO DEVASSO
Tu minha senhora,
Que tanto choras,
Que tanto se mata.
Que finge sorrir, sorriso sem graça.
Possui as retinas afogadas nas lástimas
De sua lida diária.
A carne sofrida, a boca...
Na boca um grito:
“oh my god, save us, help my son”
Dama do sonho alheio, sonhas ao teu ventre.
Está prostrada diante seu própio inferno
E esqueces de tua força.
Labuta mais, insista!
Devasso embrião que não suga o leite de tuas palavras.
Que ainda pequeno encubou dos males.
E hoje mulher?
Ele te rasga o peito e fere o coração, te sangra.
Te envenena a custa de suas lúdicas mentiras.
Labuta mais, insista!