Mulher da vida.


Quando a mulher é da vida

de pedra é o seu coração,

o amor é de mentira

e a paixão de cifrão.

O vestido pra riba

Convida passar a mão,

Parece andar distraída

Mas é tudo encenação.

A noite ela caminha

Com o rabo de pavão

Os seios de melancia

E a cara de gavião.

A música é divertida

E se dança no esfregão,

As luzes coloridas

São ferramentas da profissão.

É chamada de rapariga

E não tem profissão

Não sabe o que é bigamia

Nem tão pouco traição.

De noite ela vadia

e de dia ressona,

faz amor de mentirinha

e nunca se apaixona.


Ulisses Maia
Enviado por Ulisses Maia em 01/11/2010
Código do texto: T2591161
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