Em prisões de pedra mutilados pela dor,
Castrados pela violência em flor de absinto;
Gemem humanos vitímas de outros humanos,
Sufocados pela ambição da modernidade.
Há um querer entorpecendo mentes,
Ações descompassadas a ingrata sorte;
Sombra da morte espreitando ao vento.
Entre divagações e sonhos,
A realidade nos absorve brutalmente.
Flutuamos entre a sensatez e a loucura.
Onde está a pobreza?
Onde está a riqueza?
Somos pobres ao ignorar as riquezas da alma,
E ricos quando olhamos com puro amor.
Há vidas sequestradas em si mesmas,
Extorquindo de si a felicidade.
Perdem o equilíbrio assasinando a razão,
Abandonando o próprio juízo.
Onde está o perdão?
Se perdeu no ódio?
Onde está a verdade?
No interesse individual?
O que é verdade?
O que é mentira?
O que realmente desejamos?
Assim proseguimos no cotidiano,
Morrendo e ressucitando.
Revelando segredos e medos,
Saindo e entrando na dimensão dos problemas.
Hoje fracos e amanhã fortes,
Hoje inabalável e depois frágil.
Amores descartáveis em embalagens de vidro,
Tal qual nosso desejo em propósito concebido.
Uma bebida,um cigarro,
Ou quem sabe algo mais forte.
Idas e voltas ás vezes com um vazio enorme,
Anjos e demônios em partilha.
Lágrimas e sorrisos distantes,
Saudade que se perde  no tempo.
Um infinidade de possibilidades,
Em gentes que se agridem no caminhar.
Pessoas que se perdem entre a violência e o amor.
Homens e mulheres em sua queixas,
Ás vezes compreensíveis e outras não.
Enquanto não acordamos,
O mundo nos devora e corrige.

Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 01/11/2010
Reeditado em 15/11/2010
Código do texto: T2590839
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.