CANTO DE PEDRA
®Lílian Maial
Há um canto de pedra no rio do poema
canto de multidão no eco das encostas
esquecido alento
Há um berço de embalar marolas
um fio de voz que se impõe no acre
anunciando o pão
Há um aroma de verbos amordaçados
um travo de rosas e cravos
ventos de um perfume intenso
Um gotejar de anseios
cheiro de horizontes
a polinizar tempos de chegar
Na inocência das aves
o florescer do impossível
No exílio das rimas
a mão firme escolhe o trigo
no plantio de auroras
Um sol se mescla ao verso
incêndio de prados e preces
e o canto se inflama no peito
Pulsa na entranha da palavra
a cicatriz de morte
amalgamada no silêncio acostumado
de gado
E rasga a chaga do medo
extirpa a lágrima de ontem
que a colheita prospera
na carne do povo.
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®Lílian Maial
Há um canto de pedra no rio do poema
canto de multidão no eco das encostas
esquecido alento
Há um berço de embalar marolas
um fio de voz que se impõe no acre
anunciando o pão
Há um aroma de verbos amordaçados
um travo de rosas e cravos
ventos de um perfume intenso
Um gotejar de anseios
cheiro de horizontes
a polinizar tempos de chegar
Na inocência das aves
o florescer do impossível
No exílio das rimas
a mão firme escolhe o trigo
no plantio de auroras
Um sol se mescla ao verso
incêndio de prados e preces
e o canto se inflama no peito
Pulsa na entranha da palavra
a cicatriz de morte
amalgamada no silêncio acostumado
de gado
E rasga a chaga do medo
extirpa a lágrima de ontem
que a colheita prospera
na carne do povo.
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