Trabalhadores sem existência

Sou homem e existo.

Visto a calça manchada de tinta.

Viro o pedreiro que a sociedade não tinha.

Logo, deixo de existir.

Sou mulher e existo.

Coloco o avental.

Viro a garçonete que a sociedade necessita.

Logo, desapareço.

Quem me assassina?

Sou ambulante, jardineiro e padeiro

Por que anulam a minha existência?

Herberth Brasil
Enviado por Herberth Brasil em 01/11/2010
Código do texto: T2589686
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