Trabalhadores sem existência
Sou homem e existo.
Visto a calça manchada de tinta.
Viro o pedreiro que a sociedade não tinha.
Logo, deixo de existir.
Sou mulher e existo.
Coloco o avental.
Viro a garçonete que a sociedade necessita.
Logo, desapareço.
Quem me assassina?
Sou ambulante, jardineiro e padeiro
Por que anulam a minha existência?